sexta-feira, 23 de agosto de 2013

sexta

Poucos passos
por compasso.
Esqueço o espaço,
abraço seus passos,
os mesmos braços,
os mesmos traços,
o mesmo pedaço
de mim em você.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Outra Vez?

Amar é... Mesmo? 
E se não for?
Ah, não...
O amor não avisa quando vem,
mas precisa mesmo avisar?
Deixa chegar... Não! 
A distância...
Ela faz tudo dar errado...
Ou muito certo?
Acontece que...
Ah, de novo não!
Vai doer!
Eu sei que vai doer!
Doer, esquecer...
Pra depois lembrar.
E se não for?
Não sei, sou eu?
Você?
Ou somos nós?
São eles?
Ou essa música que não pára de
tocar quando eu falo com você?
Como assim?
Não tem música?
Já sei! É...
É ele outra vez...
Sempre achando que sabe o que fazer...
O coração! 
Ou estou mesmo louco...
Outra vez.

domingo, 9 de junho de 2013

São Paulo

O mundo não é tão doce
assim pra que possa
parecer tão frio quando
você ri de mim.
Os caminhos sou eu quem
vou decidir, mas não me
espere para a despedida.

É que eu não sei andar tão só,
melhor até deixar pra lá,
antes que eu faça tudo de novo,
só pra não me ver chorar.

Hoje eu não quero ouvir suas
preces, há sempre mais a se
esperar daquilo que a gente
não pode ter. 
Mas eu vejo algo além desses 
olhares tortos, a beleza que
se esconde, sufocada por você.

Não, não tenha medo,
Ainda nos deixam querer ser.
Desliga essa TV e vem ver
o "sonho" acabar.
Não são armas,
basta uma dor no peito 
pra querer viver em paz. 

La Donna

Eu nunca imaginei, mesmo pensando o tempo todo e perdendo tanto tempo pensando, do que eu mesmo era capaz. Do que eu seria capaz de fazer e as coisas que eu não contaria a você, por acreditar mais no meu medo do que em mim. Por ter, de certa forma, dado vazão ao sofrimento, perdendo a razão e a confiança que você depositava em mim. Me sinto distante, mesmo estando tão perto de você a todo momento, em cada canto dessa casa, por onde você passa sem olhar pra mim. Mas eu vejo, no fundo dos seus olhos o que se esconde, talvez uma outra forma de medo. O medo que por tantos anos temi fazer você sentir. Se eu pudesse fazer tudo mudar, eu não estaria aqui, mas vejo que agora não é mais a hora de tentar me redimir. É a hora de mostrar a você quem eu sou de verdade, não no que você diz terem me transformado. Mostrar a você que o sentimento é mais importante que essas coisas fúteis e todas essas informações inúteis de quem não se importa se as palavras vão nos machucar. De hoje em diante, eu prometo fazer você se orgulhar de mim. O mundo não é tão doce assim pra que possa parecer tão ruim quando dá vontade de chorar. E não pense que eu cheguei até aqui por não precisar de tudo o que você fez por mim. Eu preciso do seu abraço, do seu colo, do seu cafuné, da sua comida, dos seus conselhos... Mais ainda das duas broncas. Mãe, sou eu, só que um pouco diferente de quem você dizia conhecer.

Pode ser.

Foi pra lá 
sem saber
o que é
que há,
nem veio
me ver.
E amanhã
esse sol
pode não
ser como
a gente
esperava.
Vai ver
fui eu
que não
soube 
guardar.
E o mar
e o mar
e o mar
e o mar
pode 
deixar 
de ser
sonho
pra ser
sua casa.

Mesmo

Eu nem quero ver o que vai sobrar
desses dias que eu não quis ver
pra não machucar.
Guarde o nosso amanhã no bolso,
que o preço eu pago depois...
Pode ser bem mais que de um pro
outro, podem ser os dois. 

E não vá pensando tanto, existem
coisas mais urgentes que a dor.
Não desfaça os planos que eu fiz
pra nós dois. 
Longe ou perto, tanto faz, pouco 
importa como se dá quando o que 
se recebe é mesmo o amor.

Longe ou perto
a mesma paz.
Longe ou perto
o mesmo amor,
tanto faz.

310

Em mãos o terço, no coração as preces. 
Quem vai me ouvir quando eu não tiver mais forças para gritar em silêncio? E quando tudo ao redor for mesmo nada, nada que me prenda aqui, eu sigo, ou digo adeus a tudo outra vez? Hoje eu acordei sem saber se tava tudo bem, sem saber meu nome, sem lembrar de ontem, sem estar, mais uma vez, esperando por você em outros daqueles sonhos que a gente ainda sonha quando acorda. Meu quarto e minhas coisas todas em seu lugares e eu no meu quarto, talvez o meu lugar. Por enquanto será assim até que apareça outro motivo menos banal pr'eu sair.